Rapidamente ficou claro: eles não iam para a casa da avó. O carro seguiu em direção a um grande parque da cidade.
Parei à distância e os vi saindo e caminhando até um banco, onde uma mulher desconhecida esperava com um rapaz de cerca de 14 ou 15 anos.
Meu marido sempre levava as crianças “para a casa da avó” — até que um dia nossa filha, sem querer, revelou que tudo aquilo era mentira.
Então, vi meu marido se aproximar daquele rapaz e lhe dar um beijo na testa. Nossos filhos começaram a brincar com ele imediatamente, como se se conhecessem há muito tempo.
Eu não consegui continuar assistindo de longe. Me aproximei. Meu marido me viu primeiro — e ao olhar para o meu rosto, entendeu tudo na hora.
“Desculpa… eu queria mesmo te contar.”
Descobri que, antes de me conhecer, ele teve um relacionamento sério. A mulher com quem estava desapareceu, sem contar que estava grávida. Foi só recentemente que ela o procurou, dizendo que tinha um filho. No começo, ele não acreditou, mas depois fez um teste de DNA — e tudo se confirmou.
“Eu não sabia como te contar”, ela disse, suavemente. “E eu queria que nossos filhos conhecessem o irmão deles.”
Demorei um tempo para assimilar tudo. Mas agora, depois de alguns meses, entendo — isso faz parte da nossa nova vida. Vamos conseguir.