Quando Alhanna Buster, de Doncaster, ficou grávida, foi aconselhada a se desfazer do seu cão. Disseram-lhe que seria difícil cuidar do animal e do bebé ao mesmo tempo e que havia o risco de transmissão de doenças.

No entanto, Alhanna era muito apegada ao seu Akita-inu, chamado Keola, e, após refletir, decidiu manter o cão. A decisão provou ser crucial: ela não podia prever o que estava por vir. Desde os primeiros dias de gravidez, Keola não saiu do lado da sua dona. No início, Alhanna não deu muita importância, até que o comportamento da cadela se tornou preocupante.

Por volta da vigésima semana de gravidez, Keola começou a seguir Alhanna de forma obsessiva, impedindo-a de fazer esforços, pressionando-se contra ela para forçá-la a sentar-se ou deitar-se.

Nessa altura, Alhanna começou a sentir dores e peso na pélvis, mas atribuiu os sintomas aos efeitos normais da gravidez. No entanto, a preocupação constante de Keola a deixou inquieta, e ela decidiu consultar um médico. Infelizmente, Alhanna não conseguiu chegar ao hospital, desmaiando no caminho e sendo imediatamente levada para a unidade de cuidados intensivos. Ela só recuperou a consciência dias depois, sob o efeito de analgésicos.

Os médicos descobriram que as dores nas costas eram causadas por uma infeção renal dupla e que Alhanna tinha desenvolvido resistência aos antibióticos.

Segundo ela, durante esse período, sentiu-se como se estivesse entre dois mundos, não apenas como uma expressão figurativa.

Os médicos afirmaram que a tinham salvo de uma situação crítica, em grande parte devido à vontade de salvar o bebé. O caso foi reconhecido como um dos mais complexos e difíceis na história do condado.

Não há dúvida de que o papel principal nessa história foi desempenhado por Keola, que, melhor do que qualquer diagnóstico médico, percebeu a gravidade da situação e, de alguma forma, conseguiu alertar Alhanna.

Graças a isso, Alhanna e o seu filho Lincoln estão hoje vivos e saudáveis, e Keola tornou-se a madrinha não oficial do rapaz, um título que conquistou merecidamente.